terça-feira, 24 de maio de 2011

Como adotar um filho

Com a chegada do David, muitas pessoas estão me perguntando como devem proceder para adotar uma criança.
Sempre explico que primeiramente que a pessoa tem que ter claro no coração se o motivo da adoção é para ser mãe e/ou pai, ou se é simplesmente um ato de caridade. Isso tem que estar bem resolvido, pois a adoção não é caridade nem ato de amor, pelo contrário, é um ato egoísta da pessoa que quer ser simplesmente ser mãe e/ou pai. Se a pessoa quer fazer caridade existe várias outras formas, definitivamente a adoção não é o caminho.
Digo isso, porque a criança pode ser prejudicada, pois ela não precisa de caridade nem piedade e sim de um pai e de uma mãe.
Tendo este objetivo bem definido, a pessoa ou o casal precisa ir até o Fórum da Vara da Infância mais próxima de sua residência para pegar a documentação necessária para preenchimento e a cartilha da adoção.
A cartilha de adoção também está disponível no seguinte link:

http://www.mp.rs.gov.br/areas/infancia/arquivos/adocaopassoapassso.pdf

Depois de entregar os documentos no Fórum, a pessoa ou o casal será convocado para fazer um curso sobre adoção para poder entrar no processo. Depois do curso, vem as entrevistas com psicológo e assistente social. Será agendada uma visita pelo assistente social em sua residência também. É para o assistente social que será informado o perfil da criança a ser adotada (sexo, faixa etária, raça, etc).
Esta equipe (psicológo e assistente social) decidirá se a pessoa ou casal estão aptos (psicologicamente) para adotar uma criança e após esta aprovação os adotantes entrarão na fila de adoção oficialmente.
Normalmente os adotantes ficam em duas filas, na fila de sua cidade e no cadastro nacional.

Por experiência própria, digo que é um processo demorado e burocrático. A psicóloga nos disse uma vez durante as entrevistas que eles não estão procurando crianças para os pais que estão nas filas, mas sim procurando pais para as crianças abrigadas, e portanto é uma grande responsabilidade. O que ela disse é verdadeiro, pois o índice de devolução de crianças adotadas é enorme. Além disso há inúmeros casos de maus tratos e abusos a crianças adotadas. Por isso o processo tem que ser bem rigoroso, para tentar impedir ao máximo este tipo de coisa.
Por fim, digo que vale muito à pena, que a realização de ter um filho compensa toda e qualquer espera!

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