terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Amor, I love you!


 No dia 11 de dezembro de 2004, casei-me com o Fernando na Paróquia Nossa Senhora das Graças.
Lembro-me bem como se fosse ontem... Foi um dos dias mais felizes da minha vida!
Tive um sábado tranquilo, passei a tarde no salão de beleza me arrumando para realizar um sonho... O sonho de a partir daquele dia poder passar o resto da minha vida com o homem que eu havia escolhido para ser meu marido!
E hoje estou aqui escrevendo sobre meus sentimentos depois de 8 anos de matrimônio...
Sabiamente nosso querido Padre Ubaldo disse, no dia do nosso casamento durante a homilia, que o dia do matrimônio deve ser o dia menos feliz para o casal, pois num casamento deve haver dias muito mais felizes que o da própria cerimônia. Na hora não entendi bem o que ele queria dizer, eu pensava "Meu Deus, como pode haver dias mais felizes do que este que eu estou vivendo hoje?" Realmente, aquele dia foi muito especial em nossas vidas. Toda nossa família e nossos amigos tão queridos estavam lá. Compartilhamos com eles nosso amor mais sincero e nossa alegria mais profunda! A gente queria muito se casar!
E hoje lembro das palavras do Padre Ubaldo e entendo como são verdadeiras.




O ápice de um casamento não é a cerimônia do matrimônio, mas sim os momentos que vem depois, com o passar dos anos.
O amor é um presente de Deus, é uma dádiva! Aprendi que a gente tem que cuidar do amor como se fosse uma criança, ele é delicado e precisa de dedicação.
A gente tem que se entregar de corpo e alma, cuidar, respeitar, confiar.
Não podemos se anular, nem anular o outro, temos que aprender a respeitar nossas diferenças, ter paciência, tolerância e fé. É preciso ter fé em Deus, em você e no seu companheiro. O casamento é uma parceria, onde ambos amam, ambos sonham os mesmos sonhos, dividem a mesma alegria e as mesmas tristezas. Não acredito que exista uma relação verdadeira sem estes ingredientes acima... Só amor não é suficiente diante de tantas coisas que um casal passa no dia a dia: rotina; trabalho; filhos; problemas financeiros; problemas de saúde; problemas com a família, etc...



Momentos muito mais felizes que o dia do nosso casamento, posso dizer que tivemos muitos! A chegada do nosso filho, por exemplo, é um dos exemplos.
Não posso mentir e dizer que todos os nossos dias foram perfeitos, que vivo num mar de rosas, que nunca brigamos, que seria mentira. Num balanço geral posso afirmar que os momentos felizes superam e muito nossas diferenças e desavenças.
Se eu pudesse voltar no tempo, faria tudo outra vez, sem dúvida!
Agradeço à Deus todos os dias pela benção de ter me dado um marido maravilhoso, que tem sido meu companheiro há quinze anos! Agradeço a ele também pelo filho que nos confiou para amarmos e educarmos.
Agradeço ao Fernando pelo amor, respeito, carinho, companhia, por tudo, por todos os dias! Ao seu lado ainda me sinto como aquela menina que o conheceu com quinze anos de idade e que o ama até então.
Só posso louvar à Deus e agradecer pela vida tão feliz que tenho, peço muitos anos de vida para continuar vivendo intensamente! Quero ver o David crescer, ficar velhinha ao lado do Fernando, com nossos netinhos, quem sabe...
Agradeço aos meus familiares e amigos que são peças fundamentais na nossa caminhada de fé e amor!
Que venham muitos e muitos anos ainda!
Fernando, meu amor, I love you!

Paty









Esta foto dos pezinhos é para registrar que nestes últimos anos dois viraram três!!!

PS.: Estas são só algumas fotos de muitos momentos felizes! Queria colocar alguma do nosso casamento, mas não achei nenhuma digital... Depois escanearei alguma.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Cavalos e mais passeio de barco

Na quarta (24/10) pela manhã fomos cedinho para fazenda do Sesc passear a cavalo.
Um trator puxa uma espécie de trenzinho pela estrada, do Hotel até a fazenda do Sesc. É um passeio bem gostoso.



O Sesc oferece um passeio à cavalo numa trilha, mas não fizemos este passeio porque o David não podia ir conosco. As selas eram muito estreitas, só cabia uma pessoa. O passeio dura cerca de uma hora. Outras pessoas que fizeram gostaram bastante e disseram que valia muito à pena.
Como não fomos, ficamos passeando à cavalo pela fazenda mesmo.
O Fernando ficou se revezando com o David, eu não quis andar, prefiro ter meus pés no chão...
O cavalo pantaneiro é baixinho e arredio. Ele deu uma impinada com o Fernando que o David e eu pensamos que o papai iria para chão... Graças à Deus não foi.



O estábulo era lindo, bem grande, todo em madeira. Pena que não tirei nenhuma foto...


Enquanto o David não estava andando à cavalo estava correndo atrás das ovelhas. Ele se divertiu! Quando ele estava quase chegando perto elas saiam correndo... Ele achava o máximo!
Perto do lugar onde ficavam as ovelhas tinha um lago. Tinha um jacaré lá, que segundo o guia, ele foi morar no lago por conta própria!
A fazenda do Sesc é muito bonita, muito bem cuidada, adorei o lugar! Tinha esquilos correndo e subindo nas árvores.
Encontramos até um papagaio que vive solto lá. O guia nos contou que o Ibama fez uma apreensão de 11 papagaios e deixou num viveiro no Sesc. Tudo ía bem até que uma noite uma coruja resolveu atacar o viveiro para comer os papagaios. Ela puxou os papagaios pelas pernas pela grade do viveiro e o resultado foi que no dia seguinte 10 papagaios estavam com as patas amputadas. Infelizmente todos morreram, só sobrou este papagaio. Eles ficaram com tanta pena que resolveram soltá-lo, mas ele não foi embora, ele fica na fazenda.
Este papagaio era super dócil, vinha na mão da gente, deixava a gente coçar a cabeça dele e até repetia o que a gente falava. Uma graça!
A gente voltou para o hotel para almoçar e passamos a tarde na piscina.
À noite fomos fazer uma nova focagem noturna, mas desta vez de barco.
O guia Tadeu nos acompanhou neste passeio que foi sensacional!
Era uma noite agradável, cheiro de natureza, céu lindo e estrelado e a trilha sonora era o canto dos pássaros. Dá para imaginar?
O Tadeu é uma pessoa muito iluminada, tem um respeito e um carinho pela natureza que cativou à todos! 
Vimos muitos animais ao longo do passeio.

Capivara
Martim Pescador

Guia Tadeu segurando uma jacaré



Jacaré fugindo da gente!

Garça Real - um dos pássaros mais lindos que já vi na vida!


filhotinho de jacaré


Iguana
 Na volta para o Hotel, o Tadeu desligou o motor e deixou a correnteza levar o barco. Nunca me senti tão perto da natureza. A única coisa que consegui pensar foi em Deus, como ele é misericordioso em conceder um planeta tão perfeito e tão lindo para a gente viver! Percebi o quão insignificante somos diante da mãe natureza, diante da imensidão de vida que nos cerca. A gente tem que cuidar e preservar tuda nesta vida!
Não conseguia entender como o Tadeu conseguia enxergar no meio de toda a escuridão estas vidas tão escondidas no mato. As vezes a gente estava numa das margens do rio e ao passar o foco de luz do outro lado do rio ele via algo na outra margem (que só ele via, pois ninguéem enxergava nada!), ele atravessava o rio para nos mostrar algum bicho.
O Fernando até brincou com ele, disse que antes do passeio ele saiu e colocou estes bichos nestes lugares só para levar a gente até lá depois!
Entendi mais tarde que na verdade são anos de treino, o avô dele o levava para passear de barco quando ele ainda era pequeno e lhe ensinou sobre estes animais.
Ele cresceu ali, aprendeu a amar e respeitar estes animais. O sonho dele é fazer faculdade de zootecnia. Podíamos ver o brilho em seus olhos ao falar da vida no Pantanal, o amor que ele tem pelo trabalho dele.
Ninguém queria voltar ao hotel, queríamos ficar ali no barco, conversando, admirando a natureza, aproveitando a oportunidade...
Ficamos muito emocionados com este passeio. Foi uma experiência incrível!


terça-feira, 27 de novembro de 2012

Apagando fogo...



Você já passou por alguma situação de emergência antes?
Tive que interromper as minhas postagens sobre viagem para contar algo que aconteceu comigo hoje muito inesperado...
Fui tomar banho com o David para em seguida a gente se arrumar para irmos à missa, hoje é dia de Nossa Senhora das Graças e sou devota dela.
De repente o chuveiro desligou e a luz do banheiro apagou. Fechei o registro do chuveiro e imaginei que o dijuntor havia caído.
Terminei de banhar o David, me sequei, sequei ele, calmamente e feliz...
Quando abro a porta do banheiro vejo uma nuvem de fumaça pela casa e cheiro de queimado muito forte. Olhei direto para o quadro de luz e vi que saía fogo de dentro.
A primeira coisa que pensei foi em tirar o David de dentro de casa.
Enrolei o David na toalha e corri para o quintal. Fechei o registro do gás da cozinha.
Gritei pelo meu avô que mora na casa na rua de cima, fundos com a minha. Ele não ouviu...
Corri com o David para a casa do meu avô, o David enrolado na toalha e eu de roupão e toalha nos cabelos...
Entrei correndo na casa dele e disse: "Vô, me acode, está pegando fogo em casa!" Ele não entendeu nada, tentei explicar, mas desisti e saí correndo para casa de novo, deixando o David com a minha avó.
Desci até a garagem na entrada de luz que vem da rua, mas não consegui abrir a tampa, então corri para dentro de casa de novo.
Era fumaça demais! O fogo ainda estava forte, quase pegando a minha estante.
Eu falava comigo mesma: "Patricia, apaga este fogo agora! Mas como?"
Tinha medo de chegar mais perto, lembrei de alguma coisa sobre arco de voltagem...
Meu celular estava no banheiro e estava com medo de passar na frente do fogo para ir buscá-lo...
Pensei que a minha casa fosse pegar fogo completamente, então comecei a focar no que eu deveria salvar das chamas.
Levei para o quintal minha carteira e o notebook do Fernando.
Desisti de tentar salvar as coisas e voltei a pensar que eu deveria apagar o fogo antes que se alastrasse por tudo.
Então pensei nos bombeiros. Eles apagam fogo com água, certo?
Corri para a cozinha e enchi uma panela com água e voltei para frente do quadro de luz. Com uma certa distância joguei a água. O fogo ficou mais forte...
Apelei para Jesus Cristo e para Nossa Senhora das Graças me salvar deste infortúnio.
Porque estas coisas acontecem comigo?
Enchi a panela de novo e joguei mais água e depois mais água. Finalmente parecia que o fogo tinha apagado.
Ufa!
Então meu avô chegou vestido com capa de chuva, chapéu e botas. Já veio preparado para apagar um incêndio!
Expliquei que tinha jogado água e corri pegar meu celular no banheiro.
Tremia bastante, mas consegui ligar para o meu marido.
Meu avô queria mexer no quadro de luz, mas eu nem deixei ele chegar perto...
Foi então que o Fernando me explicou que a última coisa que se deve fazer quando há fogo na rede elétrica é jogar água, disse que eu poderia ter me ferido gravemente.
Ele explicou que os fios são anti chamas e que na verdade o que queimava era o plástico da caixa de luz e os dijuntores. Disse para eu descer novamente até a entrada de luz da rua. Meu avô foi comigo e conseguiu abrir a tampa e desligamos os dijuntores.
O Fernando disse que se eu tivesse feito isso sem jogar água o fogo se apagaria sozinho...
Como eu iria saber disso?
Acho que poucas pessoas sabem...
Poucas vezes me vi em situações deste tipo... Fiquei apavorada!
Tremia tanto depois...
Resolvi relatar esta minha experiência porque niguém está livre de passar por isso.
Agora estou hospedada na casa da minha mãe, até que este problema elétrico da minha casa seja consertado.
Fiquei pensando como agir em casos de acidentes como estes, pensei em como proteger o David...
Achei tanta coisa sobre isso na internet... Como apagar fogo em óleo na panela? Nunca passei por isso e não saberia como apagar... Aprendi agora, depois de ler esta dica...
Existe vários videos no you tube ensinando a apagar vários tipos de fogo...
Fica a pergunta para você que estiver lendo este meu relato: como você reagiria numa situação de emergência? Você está preparado para apagar fogo, fazer primeiros socorros?

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Focagem noturna

Na terça-feira ficamos na variação comer, beber, piscina, dormir e começar tudo de novo! Como é bom descansar!
Fomos ao borboletário de dia e fizemos um passeio noturno.
O passeio foi feito num caminhão aberto, às 20h. O bom era o vento, que refrescou bastante a noite quente... O calor era tanto que num momento que o guia parou e desligou o caminhão para vermos um lobinho, alguém gritou: "Para o caminhão, mas não desliga o ar condicionado!". O vento quando o caminhão andava era mais agradável que ar condicionado! Que calor faz neste lugar...
Não vimos muitos animais, porque no período de seca os animais se escondem no mato e não vão para as estradas. Somente na cheia eles fogem dos terrenos alagados e acabam indo para a beira das estradas.
O guia nos explicou que a melhor época do ano para se visitar o Pantanal é final de julho começo de agosto, que é período de acasalamento e dá para ver muitos animais, inclusive onças.
Fomos até a fazenda do Sesc para ver os animais de hábito noturno pelo caminho.
O mais bonito foi ver os brihos dos olhos dos jacarés nos rios. Que imagem impressionante! O guia jogava uma luz de lanterna pelo rio e por onde a luz passava víamos os olhos dos animais brilhando.
No meio do mato vimos um olho de brilho azul, que segundo o guia era de algum felino. Olhos brancos e vermelhos são de jacarés e pássaros. Olhos verdes e azuis são de felinos.
O passeio foi muito agradável! Não deu para fotografar muito porque não vimos muitos animais e porque aproveitamos mais o passeio...

Urutaua - Esta ave parece uma coruja. Ela fica na ponta dos galhos e dá a impressão que ele é a continuação do galho.


Lobo

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Um passeio agradável

Na segunda-feira, depois de conhecer o Borboletário fomos para o CIA, Centro de Interpretação Ambiental.


Lá conhecemos o Sr. Leonardo, que é o guia do espaço. Um amor de senhor, que antes de trabalhar no Sesc levava o gado da região do Pantanal no período de cheia para a São José do Rio Preto em São Paulo. Dá para imaginar quantos quilômetros ele andava?
Fico imaginando ele andandado, atravessando rios cheios de jacarés e piranhas, sem conforto algum, debaixo de sol e chuva... Difícil...
Ele conhece tudo sobre o Pantanal, sobre a vegetação, fauna, clima, simplesmente tudo! E sabe explicar muito bem. Digo mais, é possível ver seus olhos brilharem ao falar do Pantanal!
Ele nasceu e se criou em Poconé, MT, estudou somente até a primeira série. E sabe muito mais do qualquer jovem vestibulando sobre nossa vegetação, clima e geografia. Ele compara o Pantanal com outras regiões e até outros países. Foi uma verdadeira aula!
Além de toda a sabedoria, o Sr. Leonardo é muito simpático e divertido. Nos ajudou as tirar fotos dentro do local e até brincou com o David.




O espaço é bem interativo, cheio de painéis informativos, com vídeos e outros equipamentos eletrônicos que tornam a visita bem divertida.
O Brasil precisa de mais senhores Leonardo para melhorar!
Aliás os funcionários que conheci demonstraram muito amor pelo Pantanal e pelo trabalho que exercem.
À tarde, depois que o sol ficou mais brando fomos fazer nosso primeiro passeio de barco pelo rio Corixo Moquem.
Foi outra experiência incrível!
O vento batendo no rosto, ar puro, uma paisagem linda e animais de várias espécies bem pertinho da gente. Muito melhor que zoológico!
Gostava de colocar as pontas dos dedos na água enquanto o barco andava. O calor era tão grande, que refrescava um pouco. O David achava divertido, deixava a água respingar nele também.
Quando o guia avistava algum animal nas margens do rio, ele desligava o motor do barco  e parava bem pertinho do animal. Ele nos dizia o nome do animal e alguma curiosidade à respeito dele. Nós turistas ficávamos admirando e tentando fotografar e filmar estes minutos mágicos com tantos animais lindos!
Vimos o tuiuiu, ou jaburu, que é a ave mais famosa do Pantanal, é quase um símbolo pantaneiro.
Este pássaro pode atingir até 1,5 metros e cerca de 8kg. Achei bonito! O mais interessante é ela levantando voo, precisa tomar distância e correr para pegar impulso, parece um avião decolando.

Tuiuiu ou Jaburu


Também vimos bastante biguatingas, parente do biguá, que são pássaros que mergulham por bastante tempo. Eles não possuem a glândula sebácea, por isso depois do mergulho precisam ficar no sol secando. Flagramos este biguatinga comendo um peixe. Ele batia o peixe no tronco.


Biguatinga


Vimos tucaninhos, garças, martins-pescadores, socós, cardeais, maritacas, macacos bugio e prego,  e capivaras atravessando o rio. Aliás, para quem gosta de praticar "birding", o Pantanal é o local ideal! Para onde quer que você olhe há um pássaro. Dentro do próprio Sesc havia vários em todos os cantos. Era maravilhoso acordar ao som deles. A maioria eu não conhecia... Aqui em São Paulo não temos tanta variadade...


Martim pescador
Capivaras
De repente o guia parou o barco e desceu. Quando vi ele estava com um filhote de jacaré nas mãos. As crianças que estavam no barco surtaram, todos queriam pegar o filhotinho na mão!



Ficamos um tempão tirando fotos. O David adorou! O Fernando e eu também, foi legal pegar o jacaré, sentir o animal, sua pele.
O que mais vimos durante o passeio foi jacaré de todos os tamanhos. Aprendemos que um jacaré adulto come cerca de 8 a 10 kg de peixes por dia. Eles ficam escondidos no rio, de boca aberta. Quando os peixes entram na boca dele ele fecha e os comem. Fácil, né? Como a caça é proibida a população de jacarés é bem alta. Pensava que pelo tamanho deles eles fossem lerdos. Estava enganada, vi que eles correm bem depressa...



Aproveitei para fotografar o pôr do sol de dentro do barco... Um presente da natureza... Foi um passeio muito emocionante, uma experiência que levaremos para o resto de nossas vidas! Será que o David vai conseguir se lembrar que um dia pegou um filhote de jacaré?




terça-feira, 6 de novembro de 2012

As borboletas...

Na segunda-feira aproveitamos a manhã para conhecer o Borboletário. Estava ansiosa...

De fora já era lindo ver várias borboletas de diversas cores voando presas dentro de uma espécie de cúpula.




Antes de entrar no borboletário a gente conheceu o Insetário, uma sala cheia de formigueiros fechados em espécies de jarras interligadas por vários canos transparentes. Por eles formigas de diferentes tamanhos andavam de um lado para outro. Elas são muito organizadas, havia um formigueiro para a guarda de folhas, outro para fungos, um cemitério e outro para o lixo.

Era engraçado vê-las andando de um lado para outro, trabalhando.
Em outra sala havia a coleção do Sesc de borboletas, besouros e outros insetos. As borboletas eram bonitas, os outros insetos nem tanto...




No borboletário o Sesc recebe de uma comunidade de mulheres de outra cidade as pupas, que são espécies de casulos em que as lagartas se transformam antes de virar borboletas. O Sesc paga R$1,00 para cada um destes casulos recebidos. No borboletário eles separam as pupas de mariposas e de borboletas e colam com uma espécie de cola as pupas em caules, numa espécie de incubadora. Quando as mariposas e borboletas nascem são transferidas para o borboletário. As espécies que tem no Sesc vivem apenas 30 dias...




A sensação de entrar num borboletário é tão magnífica que não dá para expressar! Lá tem várias plantas e flores que elas gostam, tem até uma fonte. O lugar é tão gostoso, com uma sensação de paz, que não dá vontade de ir embora! São borboletas voando por todos os lados!


O David gostou tanto que todo dia queria ir ver as borboletas. Confesso que eu também!

Fora que na frente do borboletário tinha um pé de acácia tão lindo que eu adorava ficar admirando... A gente dizia que era nossa árvore!!!




De ovo elas se tornam lagartas horrorosas, para depois virar pupa e então nascer belas borboletas. Tudo isso para viver só um mês?






Fiquei tão impressionada com isso que prometi a mim mesma, lá no borboletário, que à partir deste dia não mataria mais nenhuma lagarta que eu encontrar nas árvores de casa.

Por isso que em São Paulo quase não tem mais borboletas...

A gente mal tem árvore e quando tem matamos as lagartas...

Fiquei muito emocionada em ver tantas borboletas. Lembrei-me da minha infância, quando minha irmã e eu ficávamos correndo pelo quintal de casa tentando pegar borboletas. Depois cresci e me esqueci das borboletas de tão raro que é ver uma em São Paulo...




Todos deveriam conhecer este borboletário e viver a emoção de conhecer um pouco mais de um inseto tão bonito, que poliniza nossas flores em uma vida tão curta. É uma experiência única!

Parabéns ao Sesc Pantanal, que além de gerar recursos e emprego para estas mulheres e suas famílias, dá aos turistas a possibilidade de aprender e sentir a beleza que é a vida destas pequenas criaturas, as borboletas.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Mais do que eu esperava!

Quando começamos a procurar um lugar legal para passar uma semana com o David de férias pensamos logo em ir para algum Sesc, que é certeza de economia e lugar legal. Digo isso poque conhecemos muitos hotéis do Sesc e todas as experiências foram ótimas. Já nos hospedamos no Sesc de Maceió, AL; Sesc Guarapari, ES; passamos nossa lua de mel no Sesc de Lages, SC (aliás é nosso Sesc favorito!); Sesc Matinhos, PR; Sesc Florianópolis, SC; Sesc Blumenau, SC; Sesc Torres, RS; Sesc Gramado, RS; Sesc Porto Alegre, RS e Sesc Bertioga, SP.
Sempre tentamos reservar o Sesc Pantanal, mas nunca conseguimos vaga...
Como tínhamos milhas na TAM, ligamos para o Sesc Pantanal e deu certo!
A primeira coisa que fiz foi buscar na Internet informações para ver se o local seria adequado para o David, se teria atividades para ele. Vi que tinha brinquedoteca, piscinas, borboletário, passeio à cavalo... A cara do David!
E lá fomos nós! Sabia que seria legal, mas não imaginava que seria mais que legal!!!
O passeio começou divertido já no avião, pois era a primeira vez que o David passeava de avião... Embarcamos por Guarulhos justamente pelo portão 1A, que é aquela pista embaixo. Tivemos que pegar um ônibus para nos levar até o avião. O David enlouqueceu ao ver tantos aviões parados na pista, ele gritava! Foi legal por que ele viu que estávamos entrando no avião, diferente de quando entramos na aeronave por aqueles túneis. Ele gritava tanto de empolgação que as pessoas começaram a olhar e rir... Foi muito bonitinho! Ele estava muito feliz!
A cara dele de alegria sentado no banco do avião, com o cinto de segurança atado, durante a decolagem, nunca esquecerei! Fiquei muito feliz em vê-lo feliz! O voo foi super tranquilo, o David ficou brincando com meu IPad e não deu trabalho algum.
Aliás, vou aproveitar para falar que o lanche da TAM é uma vergonha... Embarcamos meio dia e recebemos um polenguinho, um pacotinho com três bolachas de sal da Bauduco e uma cokies da Bauduco, mais o suco. Vergonha... Alguns passageiros me disseram que com outras companhias aéreas a situação é pior... Economizam no lanche ou almoço dos passageiros, o atendimento é ruim e o preço das passagens continua alto...
Chegamos em Cuiabá, MT e ficamos aguardando o motorista dos Sesc nos buscar no aeroporto. Lá não tem horário de verão.
Do aeroporto até o Sesc foi cerca de duas horas de viagem. Pelo que entendi o Sesc fica numa cidade chamada Porto Cercado, próximo a Poconé.
O lugar é lindo, enorme, na beira do rio Cuiabá.
Um calor... A primeira coisa que fizemos foi tomar banho... Depois de desfazer as malas fomos dar uma volta pelo local, conhecer o espaço.
Agendamos nossos passeios da semana, jantamos e fomos descansar.
Só para esclarecer, este Sesc é uma RPPN, ou seja, Reserva Particular de Proteção da Natureza. Com parceria com o IBAMA e Universidade de Mato Grosso, o Sesc mantém o espaço preservando a natureza. É a primeira reserva particular do país a ser chamada de Sítio RAMSAR, da convenção de RAMSAR de proteção das zonas úmidas de importancia mundial.
Os hóspedes são motivados a conhecer um pouco mais da flora e fauna do Pantanal e ao mesmo tempo proteger e respeitar a natureza. Um belíssimo trabalho de educação ambiental.
Lá o aquecimento da água é solar, o Sesc tem uma estação de tratamento de esgoto e de água, um centro de reciclagem de lixo que o hotel gera, uma horta orgânica onde é plantado quase tudo o que comemos nas refeições e muitos outros projetos que contarei nos outros posts sobre esta viagem...
Enfim descobri que o Sesc Pantanal era mais do que eu esperava! Foi uma semana de experiências fantásticas que eu nem esperava vivenciar!

quinta-feira, 19 de abril de 2012

A favor da vida


Depois de tanta polêmica finalmente o Supremo Tribunal Federal tomou sua decisão a respeito da descriminalização do aborto para bebês anencéfalos.
A mobilização popular foi tamanha, houve twitaço, discussões no facebook, fóruns na internet e opiniões divididas.
Acompanhei as matérias, li bastante e pensei muito à respeito.
No fundo já tinha uma opinião formada sobre o assunto, mas procurei ser imparcial e analisar os dois lados em discussão: o da mulher e o bebê.
Confesso que a reflexão é difícil, é filosófica... À partir de quando existe vida: na célula ou no feto? A mulher, como dona de seu próprio corpo, tem o direito de abortar?
Este caso independe de convicção religiosa, é uma questão de consciência.
Veja este depoimento que interessante:



Deve ser difícil estar na pele de uma gestante que sabe que seu filho nascerá com problemas de saúde e logo morrerá. Por outro lado me questiono, pois anencéfalo ou não, não há como ter garantia de vida longa de filho nenhum. É como o ditado popular explica: Basta estar vivo para morrer.
Na minha opinião esta mãe procura argumentos para justificar o aborto que ela fez, parece que ela mesma está tentando se convencer de o que ela fez foi correto...
Mas afinal, me pergunto o que é o correto?
Será que o aborto não é uma solução egoísta?
Quanto tempo é necessário viver para ser inesquecível?
Esta pergunta não saiu mais da minha cabeça...


Chorei muito ao ver este depoimento.
Estas palavras me sensibilizaram...
Quando vi o rosto do meu filho pela primeira vez foi uma emoção tão forte que à partir daqueles segundos ele se tornou inesquecível para mim...
Quanto tempo é preciso viver para ser inesquecível...
Quem somos nós para decidir pela vida de alguém?
Nem médicos competentes e especialistas para diagnosticar a anencefalia o Brasil tem direito...
Leia a história da Vitória de Cristo e tome suas conclusões:  


A mãe da Vitória teve o diagnóstico de acrania durante a gravidez, o que poderia resultar ao bebê uma possível anencefalia, já que o cérebro do bebê não tinha crânio e poderia ser danificado pelo líquido amniótico. O casal decidiu mesmo assim levar a gravidez adiante e nasceu a Vitória de Cristo.
Mesmo sem expectativa nenhuma de vida de acordo com a medicina, esta criança vive, a pequena Vitória está com dois anos.
Ela reage ao carinho e estímulos dos pais, engatinha, sorri, vive do modo dela, dentro das limitações dela:



Acho linda a história deste casal e fico impressionada com a fé e a perseverança deles. Por causa de exemplos assim acredito que Deus dá a cruz para cada um de nós do tamanho certo que podemos carregar, nada é à toa.
Uma vez um padre amigo nosso disse que o que nos aproxima de Deus é a capacidade de gerar. E Deus nos deu este dom por acreditar que podemos cuidar de seus filhos. Deus dá um filho para um casal amar e cuidar.
Sempre fui à favor da vida, seja em qualquer situação.
Não quero julgar ninguém, cada um tem o direito de ter sua opinião e expressá-la livremente.
Somente compartilho o que acredito...
Com a decisão do STF, cabe ao casal decidir, livre de qualquer penalidade.
Gostaria de enfatizar que hoje a sociedade decidiu pela vida de bebês anencéfalos... No futuro poderemos estar decidindo pela vida de deficientes  e até crianças saudáveis...
Será que este é o caminho?
E se sua mãe tivesse abortado você?
Defendo à vida, seja ela como for...