quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Parte 2 - O segundo dia foi melhor!

No sábado pela manhã fomos fazer o City Tour.
Vi vários cães e gatos nas ruas de Santiago, mas todos muito bem tratados. A população os alimenta e ainda coloca roupinhas neles, por causa do frio. Todos vivem nas ruas.
A maioria das casas também tinham animais de estimação, principalmente cachorros. Percebi que as pessoas gostam muito de pets por lá.
No centro de Santiago, vi vários camelôs vendendo roupinhas de cachorro. Aliás, o preço vale muito a pena, bem mais barato que aqui em São Paulo.
Na minha opinião, a cidade está muito judiada, muito lixo nas ruas e os prédios e igrejas abandonados. O governo de lá precisa começar a restaurar tudo com urgência...
Achei tudo muito parecido com o nosso centro em São Paulo.
Achei Buenos Aires mais bonita.
Conhecemos um casal de brasileiros, que estavam em lua de mel, que estavam vindo de Buenos Aires. Eles disseram que Santiago estava mais bonito que Buenos Aires, disseram que Buenos Aires está abandonada...
Fiquei morrendo de vontade de ir para Buenos Aires, pois a recordação que tenho de lá é de uma cidade linda, aconchegante e romântica! Foi uma das melhores viagens da minha vida!
Mas, voltando a Santiago, nada em especial me atraiu por lá...
No Palácio de la Moneda, o prédio presidencial, assistimos a troca da guarda. Uma cerimônia muito bonita, mas puramente turística.


Lembrei-me da troca da guarda que vi em Montevidéu no túmulo do libertador em que os uruguaios que passavam no local paravam para cantar o hino nacional. Aquilo era mais que um evento turístico, era um evento cívico!
Fiquei impressionada com os cavalos da guarda em Santiago, muito lindos e bem tratados. Muito imponentes!
Teve um momento que quis me enfiar num buraco de vergonha... Tinha um grupo de brasileiras fazendo um escândalo, gritando, dançando, fazendo poses horrorosas no momento da troca da guarda. Sempre tem que ter um brasileiro espírito de porco fazendo algazarra na terra alheia... Nestas horas fico com vergonha de ser brasileira...
O legal de fazer estes passeios com a CVC é que acabamos conhecendo várias pessoas. Isto é ótimo para quem viaja só. Durante os passeios ficávamos conversando e rindo muito dentro do ônibus. Além disso, a comodidade é muito boa, pois o guia te busca e te leva para o hotel, você não precisa ficar se preocupando com transporte para os passeios.
O ruim de viajar com a CVC é que eles te levam nos lugares que eles acham legal, você só consegue bater fotos nos locais que o guia escolhe para parar e ainda te levam para comer nos restaurantes que eles tem parcerias, que normalmente são caríssimos.
Foi a primeira vez e a última que viajo pela CVC... Prefiro fazer o meu roteiro e parar onde quiser! É muito mais divertido!
Fomos ao Mercado Municipal no horário de almoço. O mercado deles é muito parecido com o de Montevidéu: tem vários restaurantes vendendo comidas típicas. A diferença é que em Montevidéu só havia restaurantes e em Santiago além de restaurantes havia barracas de frutas, peixes e artesanato, mas os restaurantes eram em maior proporção.
Fomos ao restaurante parceiro da CVC, El Galleon, e ganhamos um "pisco sour" como aperitivo. É uma bebida parecida com nossa caipirinha, feita com pisco e limão siciliano. Prefiro nossa caipirinha!
As comidas tradicionais do Chile são frutos do mar, que é o que tem em abundância lá.
Neste dia escolhemos experimentar uma "centolla", o famoso caranguejo real, que só existe no Chile e em algumas cidades de USA. É o famoso caranguejo daquele seriado da Discovery, "Pesca Mortal". Já que estávamos lá, tínhamos que aproveitar para experimentar!

De fato o caranguejo é enorme. O garçon o prepara na mesa do cliente. Foi um espetáculo!
O gosto é parecido com nosso carangueijo e é difícil de comer da mesma forma... Veio com quatro molhos diferentes como acompanhamento. O ruim é que como deu tanto trabalho para comer, a carne do caranqueijo esfriou muito rápido. É claro que bebemos um vinho também, afinal estávamos na terra do vinho!
Pedimos a conta, quase morremos de indigestão com o valor da conta (a comida no Chile é carésima!) e fomos andar pelo mercado.
Nos impressionou a falta de higiene no local. Os vendedores recebem dinheiro e colocam a mão na comida sem luva ou sem lavar as mãos. Havia gatos dormindo em cima das frutas nos caixotes e estes mesmos caixotes estavam no chão... Acho que lá não existe Vigilância Sanitária como no Brasil.
Comprei uma blusa de lá numa barraca de artesanatos toda bordadinha à mão para o David! Uma gracinha! Escolhi o menor número que tinha e ainda assim cabem três David na blusa... Vou ter que aguardar uns aninhos...
De lá nosso guia nos levou a um passeio na vinícola Concha y Toro, uma das maiores no Chile.
O que me encantou foi o tamanho da vinícola e o jardim lindo que o fundador Don Melchor fez em frente ao casarão que morava. Como estamos no inverno, não tinha flores.
Fechei os olhos e pude ver o jardim florido, lindo! De frente a casa tem um lago enorme. Próximo dali estão os vinhedos.


Assistimos um vídeo, fizemos degustação de dois vinhos diferentes e conhecemos a famosa cave "Casilero del Diablo".
Don Melchor era chileno e trouxe as mudas de vinho da França, da região de Bordeaux. Como o clima no Chile é parecido com o da França, a empreitada deu certo!
Casilero del Diablo é uma das linhas de vinho da Concha y Toro mais conhecida. Estes vinhos ficam engarrafados descansando num porão escuro, sem controle de temperatura, com paredes de pedras, chamado de "Casilero del Diablo". Em 1891 Don Melchor espalhou a lenda que de que o diabo habitava sua adega e roubava suas garrafas. O lugar é muito bonito e frio. No fim do passeio dentro da cave vemos a projeção do Diabo...


O guia brincou dizendo que só os pecadores poderiam vê-lo. Foi um passeio legal!
Depois deste passeio voltamos para o Hotel para deixar nossas coisas e saimos de novo para encontrar nossos novos amigos.
Fomos ao shopping Parque do Arauco passear e comer. Jantamos lanche do Burger King para dar uma economizada. Conversamos e rimos muito! Depois voltamos ao hotel para descansar para o próximo dia de passeio.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Parte 1 - Chile: Não saiu como o programado...

Estes posts sobre a viagem do Chile estão bem atrasados... A viagem foi em junho e estamos em agosto... Com criança em casa, fica tudo mais difícil... Segue o histórico da viagem , espero que gostem!

O dia de nossa viagem para o Chile estava chegando.
Passei dias fazendo listas das coisas necessárias para levar e preparando as malas... Embarcaríamos no dia 24/06.
No dia do feriado, o Fernando estava em casa me ajudando com as coisas. Pedi a ele para ligar para a TAM para verificarmos se na bagagem de mão poderíamos levar as papinhas e a mamadeira do pequeno. Foi então que nossos problemas começaram...
A atendente nos informou que precisaríamos do RG do David, senão ele não poderia embarcar. A vendedora da CVC disse que só com a certidão de nascimento dele conseguiríamos embarcar. Com estas informações contraditórias, decidimos ir até a Polícia Federal do Aeroporto de Congonhas tirar a dúvida. 
Lá nos informaram que o RG era obrigatório.
Como era feriado, não tinha PoupaTempo aberto para resolvermos isso e o vôo na sexta era cedo, oito horas da manhã.
O Fernando teve a ideia de somente eu embarcar e ele tentar ir ao PoupaTempo de manhã e tirar o RG do David para embarcar a tarde. 
O plano funcionaria, mas o PoupaTempo não faz mais RG no mesmo dia.
Chorei muito.
A última coisa que eu queria era viajar e deixar meu pequeno...
O jeito foi deixá-lo com a minha mãe.
Só fui porque já estava com boa parte da viagem paga...
Embarquei chorando...

Tentei me animar e curtir a viagem.
Chegamos cedo, fizemos o check in e pedi para ficar na janela, pois uma amiga já havia me dito que a vista das Cordilheiras dos Andes era magnífica.
Quando entrei no avião, surpresa!
Nos colocaram na saída de emergência, não tinha janela...
Chorei mais ainda... Parecia que tudo estava dando errado...
O Fernando gostou do lugar, pois tinha bastante espaço para as pernas dele. Não posso negar que o voo foi confortável. Ficamos um pouco mais de uma hora dentro do avião aguardando as pessoas que vinham de outras conexões chegarem para podermos decolar. O voo atrasou bastante.
Quando finalmente estávamos passando pelas Cordilheiras levantei e fui até a janela da porta da saída de emergência apreciar a paisagem. E valeu à pena!

Quando chegamos no aeroporto do Chile a CVC estava nos esperando para nos levar ao hotel. 
O Hotel ficava bem no Centro de Santiago, parecia ser razoável.
Quando subimos para o quarto mais uma surpresa...
Havia duas camas de solteiro. Não tinha cama de casal e muito menos o berço do David como eu tinha reservado com a CVC... Que raiva!
Liguei na recepção e eles disseram que não tinham quarto de casal disponível. Liguei para a CVC do Chile. Disseram que não era para desfazermos as malas e que eles resolveriam...
Como o voo atrasou, chegamos muito depois do esperado em Santiago e praticamente perdemos o dia.
Decidimos sair um pouco, comer algo, mas um lanchinho apenas, pois tínhamos feito uma reserva no Restaurante Giratório.
Andamos pelo centro histórico e pegamos o metrô para a estação "Los Dominicos". Queria ir a feira de artesanato que tinha visto na Internet. O lugar era bem legal. Decidimos voltar lá outro dia para comprar as lembrancinhas de nossa viagem. De lá pegamos o metrô novamente para a estação "Los Leones", para irmos para o restaurante.
Aliás, o metrô em Santiago funciona muito bem. Não é tão bonito como o nosso metrô, mas funciona bem.
O que estranhei é que fecha cedo, fecha às 22h30 e abre depois das 9h. Estranho, né? Numa cidade tão grande... Claro que não tão grande como São Paulo!!!
O restaurante é lindíssimo! Fica no 18° andar e o piso gira 360°, bem devagar. A vista é incrível! Lindo Santiago do alto e à noite!

Além disso o atendimento é ótimo e a comida espetacular! Tomamos um bom vinho e comemos bem. A comida é como um bistrô aqui de São Paulo. O preço também... Mas valeu à pena!!! Foi uma noite e tanto!
Foi a coisa mais legal deste dia!
Tomamos o metrô e voltamos para o hotel. Chegando lá nos disseram que poderíamos trocar de quarto. Ufa!
Fomos descansar para o próximo dia.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Falta fraldário em estabelecimentos comerciais

Como não tinha filhos, nunca tinho reparado neste assunto antes.
Depois que me tornei mãe, percebi como estamos atrasados culturalmente em relação aos países de primeiro mundo...
Pais sofrem para encontrar fraldário em shoppings, supermercados, restaurantes, parques etc...
Quando encontram é só no banheiro feminino. Fraldário no banheiro masculino ou fora do banheiro feminino (banheiro família) é uma raridade. Só encontrei em alguns shoppings centers e na loja de material de construção Leroy Merlin até agora.
A realidade brasileira mudou muito, hoje temos muitos pais separados e os homens costumam passear com seus filhos. Na época de nossos avós ou nossos pais, não era comum o divórcio e pior ainda, não era comum o pai sair sozinho com os filhos, sem a mãe. Num passado não muito distante, a cultura familiar era de que era de total responsabilidade das mães o cuidado e educação dos filhos para que os homens trabalhassem e sustentassem a casa.
Hoje, nossa realidade é de uma mulher independente, que trabalha como os homens e que divide a responsabilidade das tarefas domésticas e cuidado dos filhos com o companheiro.
Nas poucas vezes que encontrei um fraldário, reparei que eram os pais que estavam trocando as fraldas dos filhos, alguns estavam sós.
E quando o fraldário só existe no banheiro feminino?
Os pais tem que improvisar...
Além de todo este problema, muitas vezes nos deparamos com a falta de educação e desrespeito das pessoas... Num shopping, fui com meu marido trocar a fralda do meu filho num banheiro família. Ao entrar no banheiro o trocador estava sendo utilizado como aparador de uma bolsa feminina. Ficamos aguardando a dona sair do banheiro infantil para pegar a bolsa, eu que não iria mexer numa bolsa que não era minha... Enfim a moça saiu, viu que estavámos esperando para usar o trocador e foi lavar as mãos, ajeitar os cabelos com a maior tranquilidade. Quando ela resolveu pegar a bolsa, saiu sem dizer uma palavra como se nada tivesse acontecido. E ela não estava acompanhada de nenhuma criança que justificasse o uso do banheiro infantil. Depois que troquei meu filho fui ao banheiro feminino e havia uma fila enorme, para variar. Então constatei que aquela moça que encontrei utilizando o banheiro infantil o fez porque não queria aguardar a fila...
No último sábado, levei meu filho a uma fazendinha para crianças e lá não tinha fraldário também... Meu marido trocou a fralda do pequeno na grama...
Fiquei me perguntando como um local voltado para crianças não tem infra estrutura para atendê-las adequadamente?
Difícil... Cabe a nós pais reclamar para que as coisas mudem e para que as pessoas tenham mais educação e respeito pelo próximo...