quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Manchetes de hoje

Fico muito chateada ao ler as notícias do dia... Só desgraça e tristeza...
Veja:

Jornal Folha de São Paulo de hoje:

"Tráfico faz ameaças a militares fora do Complexo do Alemão."
"Menina sequestrada liga para a PM e é libertada em SP."
"Justiça diz que Tiririca não é analfabeto."
"Um ano depois, reconstrução engatinha no Haiti."
"Morador diz que foi amarrado por policiais em blitz."
"Não haverá mudança no Rio com corrupção policial. - "O mal atravessa os dois lados (a polícia e o tráfico)", diz o antropólogo, para quem o governo prega e a mídia difunde uma "enorme ilusão" de maniqueísmo."
"Aids volta a crescer no Brasil, com mais casos entre os jovens."

Estas são só algumas manchetes... Quanta desgraça...
E assim caminha a humanidade...

Camisinha

Achei esta outra reportagem muito legal também, uma ótima reflexão.
A matéria é de Luiz Felipe Pondé, colunista do jornal Folha de São Paulo, do dia 25 de novembro de 2010.

"Debate sobre camisinha é barulho por nada.

Sempre me espanta o fato que se dá tanta atenção ao que o papa diz. Não porque ele não seja uma figura importante (no caso de Bento 16, também um teólogo importante), mas porque muita gente que faz barulho com o que fala não se diz católica.
Afinal, porque tanta atenção? Talvez haja aí algo que a psicanálise possa responder: trauma com o pai? Ser contra a "camisinha" invibializa sua distribuição no mundo? Custo a crer que a fala da Igreja diminua em uma dezena sequer o número de camisinhas acessíveis. Acho muito barulho por nada.
A Igreja Católica é uma Instituição antiga e sábia. Gente mal informada pensa o contrário. Esteve em muitas trincheiras ao longo de 2.000 anos, salvou gente, matou gente. Espírito e corpo, como todos nós. Teve e tem um papel civilizador essencial.
Acho um erro quem considera possível descartar a posição da Igreja para com "hábitos sexuais contemporâneos" de forma ligeira como se fora simples "atraso".
Frases como "o mundo avançou muito" são normalmente indício de superficialidade analítica. Homens e mulheres continuam atolados nos mesmos dramas de amor, ódio, sexo e morte.
O foco da igreja deve ser a humanização da sexualidade, o que significa basicamente que sexo é barato e amor é caro, o primeiro sem o segundo sempre corre o risco de ser degradante.
Neste sentido, o uso da camisinha é apenas paliativo no combate a comportamentos sexuais promíscuos que aprofundam a contaminação com doenças sexualmente transmissíveis (DST).
A melhor forma (todo mundo sabe) de combater a DST é a mudança de comportamento sexual (tornar o sexo "mais caro" ao afeto).
Ma isso ninguém quer pensar porque é "feio" dizer que a "vida como balada" é uma beco sem saída. Mas é exatamente aí que a igreja destoa e por isso se torna essencial, para além das crenças de cada um.
O pecado da Igreja Católica nesses assuntos é "elevar" demais o nível do debate, saindo do senso comum que é simplesmente achar que sexo se resolve "lavando o corpo com água".
A igreja condena o pecado, mas não o pecador. Aceitar o uso da camisinha em casos de prostituição pode ser apenas uma forma de "misericórdia" pelo coitado sexual que "vende" seu corpo como escravo."

Muito se fala da Igreja Católica, mas ninguém entende que ela defende o amor e a família. Nunca a igreja fará apologia a camisinha, pois ela defende o sexo com uma única pessoa, ou seja, o seu amado marido ou esposa. Para que ficar pulando de galho em galho? 
A igreja defende a fidelidade ao amor, a fidelidade à família.
O grande problema é que nossa sociedade perdeu seus valores e o que vale hoje é uma vida vazia, onde jovens transam com qualquer um, sem amor, sem compromisso, sem responsabilidade.
Amor? Para eles isso não existe mais, é história de conto de fadas. Fidelidade?Isto também não existe mais, todo mundo trai. Família? Isso também não existe, meus pais são separados... Este é o pensamento da nova geração.
E como podem cobrar da Igreja Católica a defesa da camisinha, se isto está aliado a todos estes fatos? 
Se as pessoas entendessem um pouquinho da doutrina e fé católica não fariam tanto barulho por isso.
A posição da igreja está correta. E como uma mulher casada, católica, testemunho que não há felicidade maior na vida do que viver o casamento e a familia. A vida de baladas é uma vida vazia, de felicidade momentânea. A vida de quem ama é uma vida completa, cheia de felicidade. Para que vou querer outra pessoa se sou feliz com meu marido? 
Vivemos uma cultura do imediatismo. Queremos tudo a todo momento. E as pessoas buscam realizar todos os seus desejos a qualquer custo. O resultado é decepção, infelicidade, drogas, violência, uma vida vazia de buscas incessantes.
Não é isso que a igreja católica prega. 
Por isso acho interessante a opinião do jornalista acima: "Que a vida como balada é um beco sem saída". Concordo. E acho que nosso comportamento que tem que mudar e não a filosofia da Igreja.
Se não mudarmos, continuaremos a caminhar para o abismo de uma sociedade infeliz, cheia de gente vazia.

A norma culta nos dias atuais

Achei esta reportagem muito boa, do jornalista Aldo Pereira, do jornal Folha de São Paulo, do dia 25 de novembro de 2010. Não deu para postar antes... Segue:

"Apologia da norma culta

Muitos fatores concorreram, desde o descobrimento, para fragmentar a língua portuguesa de Caminha em dialetos brasileiros: extensão territorial, precariedade de comunicações, nível rudimentar da educação dos colonos, diversidade tribal afro-indígena.
Mas a literatura e a mídia atestam que sobrepaira na diversidade atual um dialeto minoritário associado a prestígio e poder.
Toda língua evolui, claro. Preferivelmente, contudo, em processo similar ao de lei e costumes, conducente à assimilação gradual das mudanças. Estabilidade de padrões é indispensável a organização social, a ponto de justificar coerção do Estado; pense na moeda e no sistema métrico.
A norma culta (hoje menos referida por esse nome), tem provido a língua de um referencial resguardado contra variações que, se prematuras e indiscriminadas, poderiam comprometer a eficiência da comunicação.
A norma culta tem favorecido também a  comunicação inteligente na atividade intelectual, na política e no ordenamento jurídico: nenhum sistema legal poderia operar com eficiência, em país algum, sem rigor gramatical e semântico, tanto na prescrição das leis quanto na jurisprudência.
Diante dessas evidências, porque a norma culta inspira tanta controvérsia episódica e veemente? A principal das várias razões pode ser sua conotação de etilismo tingido de racismo, a tácita e presunçosa inferência de que falar e escrever "bem" (em geral, extensão de outros privilégios no acesso ao saber) legitima a hegemonia duma classe.
Outra razão pode estar no desconhecimento de como variantes dialetais fragmentam as línguas. Quantos percebem, por exemplo, que a língua aprendida na infância é sempre um dialeto? Ou que a escrita é um dialeto da fala?
Quer se destine à leitura em voz alta (rádio, TV, artes cênicas, discursos, palestras), quer à leitura silenciosa processada no ritmo e grau de concentração do leitor, a escrita se caracteriza por atributos próprios e cumpre papel distinto do imediatismo da fala.
Por isso, caluniar a necessária identidade dialetal da norma culta para impugnar o padrão homogêneo de comunicação é o avesso do preconceito. Traz, entre outros contraproducentes efeitos, o de entorpecer a aquisição do conhecimento necessário à proficiência em outras disciplinas.
Terceira razão da crítica as vezes abusada que a norma cultua inspira talvez advenha do nome antipático. Experimente substituí-lo, digamos, por português acadêmico (no sentido de "aprendido na escola"), e ensiná-lo como segunda língua (em relação ao dialeto trazido de casa), com precauções como evitar correções em classe, para não humilhar o aluno principiante perante seus pares; melhor limitá-las à vistoria dos cadernos.
O ensino desse português acadêmico pressuporia rigor na escrita, limitada tolerância gramatical e vocabular na fala, mas liberdade ilimitada na prosódia: afinal, por que desbotar o colorido de pronúncia e entonação dos falares regionais do Brasil?"

Penso que de fato a norma culta é conhecida de uma pequena parte da população Brasileira, talvez apenas entre alguns da classe média e da classe alta da sociedade, devido a precariedade da educação no Brasil.
Quando escutamos um político ou um advogado falar, nos impressionamos com sua dialética. Por isso muitas vezes somos ludibriados por aqueles que falam bonito...
Penso que cada vez mais as pessoas agem como se fosse "feio", "cafona" falar "bem". Escrever então... Estamos criando uma cultura de simplificação e depreciação da nossa língua.
No trabalho mesmo, em trocas de e-mail estremeço ao ler vários erros ortográficos e de concordância. As conversas pela internet são cheias de abreviações, cada vez mais misturamos o inglês com o português, cada vez mais usamos gírias para nos expressar.
É uma pena. Penso que nossa língua é tão rica que deveríamos valorizá-la e não depreciá-la. Todos deveriam aprender o português, a norma culta, e adequar a sua fala à quem quer comunicar, utilizar-se do que chamamos "camaleão linguístico", ou seja, alterar a sua fala, adaptá-la de acordo com a situação em que se encontra e ao seu ouvinte.  
A língua portuguesa não é chata. Chatos somos nós, que não procuramos evoluir e sim estagnar ou "emburrecer". As pessoas tem preguiça de ler, de aprender e é por isso o Brasil não melhora, e enquanto não houver investimento na educação, continuaremos a ser um povo medíocre ou até pior. E quem sabe um dia nem norma culta haverá, cada um falará como quiser, o dialeto que quiser, sem regras de escrita. Caminhamos rumo ao caos.

sábado, 27 de novembro de 2010

Jornal

Ganhei uma assinatura de 14 dias gratuitos do Jornal Folha de São Paulo. Havia muito tempo que não lia jornal... Costumo ler revistas, tipo Veja, Isto É etc. É mais prático, posso carregar na bolsa, é mais fácil de folhear.
Ler jornal não é nada prático. Precisa de técnica para virar a página!
Mas até que tem sido uma experiência interessante, já tinha esquecido de como é gostoso ter a notícia do dia, fresquinha!
Acordo de manhã e antes de tomar o café pego o jornal na garagem. Gosto de dar uma folheada e ler as manchetes. Levo o jornal para o trabalho e conforme dá um tempo, normalmente nos meus "breaks" leio as notícias.
Quando chego em casa termino de ver o que faltou.
É bom estar bem informado, ler diferentes opiniões.
Acredito que atualmente, como tudo é digitalizado, tudo é via Internet, a tendência é que não tenha mais jornal impresso, somente o digital.
Perguntei lá no trabalho, ninguém assina jornal. Hoje se você quer uma informação é só ligar o computador, há milhares de sites com notícias online.
Acho que a tendência é acabar o jornal mesmo. Fiquei me perguntando quanto custa uma assinatura. E é caro.
Em contrapartida quanto custa manter um jornal? Cada coisa tem seu preço e o caro ou barato é muito relativo...
Cultura e informação deveriam ser mais acessíveis.
Mas quem está preocupado com a educação do nosso povo? Quanto mais burros melhor... Mais chance de roubar e continuar a palhaçada que virou nosso país...
Mais vale a pena desestimular a leitura às novas gerações, falar que ler é chato do que criar incentivos à Cultura.
Já reparou como as pessoas cada vez mais lêem menos? A maioria das pessoas tem preguiça de ler.
E assim caminha a humanidade...

domingo, 21 de novembro de 2010

Um dia legal

Ontem tive um dia muito legal!
Fui ao Masp, Museu de Arte de São Paulo. 
Foi uma catarse!!!
Paguei R$15,00 e pude visitar várias exposições. A que mais gostei foi "Olhar a ser visto - Retratos e Auto-Retratos". Pude ver obras de Renoir, Picasso, Van Gogh, Rembrandt, Goya e muitos outros. Esta exposição mostrava vários retratos de pintores e épocas diferentes, técnicas diferentes e principalmente, a evolução do pensamento de como o artista vê e expressa o seu próprio "eu" ou o "eu" de quem está retratando. Começa com obras muito antigas, cerca de 1500 e segue até os dias atuais, as linguagens são bem diferentes. Lembrei de uma amiga que mudou-se com a família para o Canadá e que gosta muito de pintura, principalmente do Impressionismo. Acho que ela gostaria de estar no Brasil neste momento...
Tinha também uma exposição sobre Romantismo muito linda. Desta, o que mais fiquei feliz de ver foi "Moema", de Vitor Meireles.  


Nunca tinha visto este quadro pessoalmente, só por livro. Foi muito emocionante. Moema é a heroína do poema épico "Caramuru", clássico da literatura brasileira, de Santa Rita Durão. Ela é uma índia que apaixona-se pelo português Diogo Álvares Correia, náufrago que vive algum tempo com os índios. Quando ele retorna à Portugal a índia afoga-se ao vê-lo partir.

"Perde o lume dos olhos, pasma e treme,
Pálida a cor, o aspecto moribundo,
Com a mão já sem vigor, soltando o leme,
Entre as salsas escumas desce ao fundo:
Mas na onda do mar, que irado freme,
Tornando a aparecer desde o profundo:
"Ah! Diogo cruel!" disse com mágoa
E sem mais vista ser, sorveu-se n'água."


Tinha também Tomie Ohtake, Manet, Monet, El Greco, Di Cavalcante, Salvador Dali e muitos outros.
Fiquei admirando aqueles quadros pensando em como o homem é capaz de fazer tantas coisas bonitas! 
Notei que a maioria dos pintores destas duas exposições eram franceses. Como a França é rica em talento e cultura!
Depois segui para uma exposição de fotos, de Win Wenders, chamada "Lugares, Estranhos e Quietos". Achei interessante. Este fotógrafo é um cara que adora viajar e que em cada viagem procura sair da rota turística e procurar lugares diferentes. As fotos foram tiradas em suas viagens e foi interessante ver o foco dele sobre aqueles lugares. Realmente eram lugares estranhos e as fotos davam a sensação de que estes lugares além de estranhos eram realmente quietos. Tinha fotos da Armênia, Berlim, São Paulo, Palermo, e outros lugares. Foi uma experiência boa.
No subsolo tinha uma exposição chamada "Pintura Contemporânea Alemã: 1989 - 2010". Não gostei muito, achei a maioria das obras agressivas. Pelo menos foi a sensação que tive. O único pintor que gostei foi David Schnell.

 
Não é interessante? O quadro é enorme e me senti como se estivesse nesta estrada em meio as árvores. Os quadros deste pintor são todos em perspectiva. Gostei!
Ainda ganhei três posteres, sendo que dois são de dois quadros que vi no Masp nestas exposições.
Depois que sai do museu, fui dar uma caminhada na Paulista. Acho esta avenida linda, adoro caminhar por ela. Foi feriado da Consciência Negra e a maioria dos comércios estavam fechados. Tinha muita gente na rua, muita gente bonita, casais namorando, famílias passeando e até passeata para o Justin Bieber... É isso mesmo... Tinha um monte de adolescentes histéricas andando com cartazes dizendo que amavam o Justin Bieber. Elas seguiram pela avenida gritando como loucas... Não entendi qual a finalidade disto, mas tem louco para tudo neste mundo...
Então decidi almoçar no Sesc Vila Mariana. E foi uma decisão muito acertada! A comida estava espetacular e ainda peguei o fim de uma apresentação musical muito legal. Depois assisti a uma peça de teatro de fantoches em que as personagens eram baseadas nas obras de Tarsila do Amaral. Suas obras eram Modernistas e enalteciam o folclore brasileiro, foi a criação de uma arte brasileira, a valorização do nacional. Neste teatrinho a Tarsila era uma negra apaixonada pelo Abapuru. Interessante que os bonecos eram exatamente como as pinturas de Tarsila.

Foi muito interessante também.
É muito bom fazer o que a gente gosta! Foi um dia sensacional!!!


sábado, 11 de setembro de 2010

Foz do Iguaçu – Parque Nacional das Cataratas




No mesmo dia que fomos ao Parque das Aves fomos ao Parque Nacional das Cataratas do lado brasileiro.
Deixamos nosso carro estacionado em frente ao Parque das Aves, que era gratuito, e fomos a pé ao Parque das Cataratas. Pegamos nossas capas de chuva para não ter que comprar dentro do parque, que é mais caro.
A entrada do parque era muito bonita e a fila para compra dos ingressos muito organizada. O pagamento pode ser feito em reais, dólares ou pesos, muito prático para os turistas.
Tem um ônibus muito bonito que leva os turistas até as cataratas.

Há várias trilhas e o passeio é deslumbrante! As quedas são simplesmente espetaculares!
Não há palavras, fotos ou vídeos que expliquem este espetáculo da natureza, só vendo pessoalmente para ver que beleza.
Estávamos no período de baixa temporada, pois os Andes estavam congelados devido ao inverno, mesmo assim era muita água. E muita gente também, principalmente muita gente mal educada, um turista entrando na frente do outro que estava tirando foto... 











Mas independente disso é um passeio imperdível!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Foz do Iguaçu, PR - Brasil

Viajar! Como é bom viajar...
Começamos bem nossa viagem a Foz do Iguaçu, pegamos o Rodoanel com destino a BR116, mas conversando e refletindo muito (dentro do carro) optamos em ir para o Paraná pela Rodovia Castelo Branco, apesar de ter muito mais pedágio, uma coisa era certa: a estrada teria muito menos buracos e teríamos uma chance muito menor de perdemos nossa roda em um buraco como aconteceu há seis anos quando viajamos pela primeira vez sozinhos pela BR...
E a Castelo Branco nos surpreendeu... Um tapete realmente, mas a paisagem... Inexplicável! Nem dormi! Dá para acreditar? O caminho todo é de paisagens verdes de plantações variadas, como café, milho, flores, maçãs e trigo, muito trigo. Primeiro, quando o trigo é novinho, é bem verdinho, depois começa a amarelar. E como é bonito! Tive vontade de parar o carro e correr pela plantação sentindo o trigo pegar na palma da minha mão. O Fernando se lembrou da cena do filme “O Gladiador”, logo no começo, quando o ator Russel Crowe anda pela plantação de trigo até sua esposa e filho. E assim foi nosso caminho de SP ao PR.
Não tinha placa de divisa entre estes dois estados. Estava com a máquina nas mãos e o mapa e na hora em que entramos em território Paranaense, mas não vimos placa de divisa. Seguimos nosso caminho felizes, e graças as nossas guloseimas quase não paramos, só paramos para irmos ao banheiro.
Quando estávamos chegando a Foz do Iguaçu, começou a chover. E o frio... O termômetro do nosso carro marcava 11 graus. Pensei: “Quero ver a gente armar a nossa barraca com esta chuva...”.
Chegamos a Foz e como a cidade é grande. E escura e muito mal iluminada. Não conseguíamos ler as placas. Paramos o carro e o Fernando foi perguntar como fazíamos para chegar ao Camping Hosteling International Paudimar. O taxista nos explicou direitinho e finalmente chegamos ao camping e a chuva parou também com a nossa chegada.
Um rapaz muito educado nos atendeu e nos levou para conhecer o camping e nos mostrar onde poderíamos montar nossa barraca. O local era enorme. Trouxemos o carro para perto da área do camping e escolhemos o lugar para montar a barraca. Na hora que colocamos a lona no chão lembramo-nos de como nossa barraca era grande! Ela não caberia naquele espaço e então fomos para frente de um quiosque com uma mesa e duas cadeiras. O Fernando ligou a luz para podermos iniciar nosso trabalho e rapidamente montamos nossa barraca. Enquanto o Fernando terminava de arrumar nossas coisas, a encher nosso colchão, fui trazendo as coisas do carro. Assim que terminamos, ascendemos o fogareiro e fizemos um miojo saborosíssimo e jantamos à luz de lanterna! 






Ficamos admirando nossa barraca por um tempo. É, ela é muito grande para só duas pessoas! 

Ela tem dois quartos e um corredor como se fosse um hall de entrada. Escolhemos o dormitório da esquerda para dormir e o da direita para guardar nossas coisas.
Assim que entramos na barraca prontos para dormir caiu um temporal. O cheiro de mato e o barulho da chuva na barraca foi como canção de ninar para mim e logo adormeci. De repente, a não sei que horas da madrugada, acordei com o Fernando levantando e pedindo ajuda. Estava entrando água na barraca.  Estava gotejando pela costura bem na cara dele. No corredor passava água como se fosse um córrego. Ajeitamos as coisas como deu e fomos dormir novamente. O Fernando ficou chateado, ficou preocupado, pois teríamos que mandar nossa barraca para conserto.
No dia seguinte levantamos cedo com o cantar dos passarinhos. Estava muito frio, tinha muito vento, mas o céu anunciava que logo mais teríamos um lindo dia de sol.
Foi então que com a luz do dia pudemos perceber o quanto o camping era bonito. Com escuro da noite não dava para ver bem. Era todo gramado. Havia lixeiras por todo canto, mas eram coloridas, separando o lixo: orgânico, alumínio, vidro, plásticos e papel.
Havia quartos, para o pessoal do albergue e quartos para famílias, logo atrás da área de camping; piscina, cozinha comunitária, banheiros (limpíssimos sempre e com papel higiênico), chuveiros quentes, piscina, lanchonete, quadra de futebol, playground, e nas diárias estava incluso o café da manhã. Perto da recepção tinha uma sala que funcionava como uma agência de turismo que vendia passeios pela região. A equipe do camping falava inglês e espanhol muito bem, e realmente era muito necessário, pois nos dias que ficamos lá tinha muito estrangeiros. Tinha vários alemães, alguns franceses, americanos, argentinos e sei lá mais o que... Éramos os únicos brasileiros, até que chegou uma família de cariocas super gente boa  que ficaram hospedados no quarto atrás de nossa barraca.
Neste dia, compramos o ingresso no próprio camping para irmos ao Parque das Aves. Como o rapaz do camping nos indicou, fomos de carro, estacionamos o carro em frente ao parque das Aves (que é de graça). Este parque nos surpreendeu. As aves, de várias espécies e a maioria nativas da região, vivem soltas em enormes viveiros. É tudo muito limpo e organizado, a mata em sua maioria é nativa e a impressão que se tem é que estamos andando no meio da mata. Os turistas vão entrando dentro dos viveiros. Confesso que fiquei com medo de que fizessem coco na minha cabeça...  O viveiro mais perigoso era o das araras. Elas eram agressivas, davam cada rasante por nossas  cabeças que era de assustar. Elas bicavam as pessoas e adoravam os brincos dos turistas. Saímos rapidinho deste viveiro!



No fim do passeio tinha um funcionário com uma arara na mão para os turistas tirarem fotos. Ele a colocava no braço do turista. E ela é pesadinha!










Muito legal! Este passeio foi ótimo e valeu muito à pena!













Quanto aos custos:


- Hostelling International Paudimar: ficamos acampados e o valor da diária para camping é de R$15,00 por pessoa com café da manhã incluso.

- Parque das Aves: R$15,00 por pessoa.

Lembrando que esta viagem foi feita em agosto de 2010.

7 de setembro

Amanhã é feriado no Brasil, é o dia da Independência. Para a maioria das pessoas, somente um dia de descanso ou mais um feriado prolongado para viajar. Semana mais curta de trabalho, oba!
Mas será que alguém lembra que feriado é este? 
Brasileiro é pouco nacionalista. Lembro-me de quando fui à Montevidéu e fiquei espantada com a troca da guarda nacional no mausoléu do túmulo do libertador  deles, o General Artigas. Toda sexta-feira a fanfarra da guarda-nacional desfila pela cidade e depois fazem a troca da guarda e cantam o Hino Nacional. Patético? Talvez. Achei bonito, acho que é uma forma de guardar a história no coração das pessoas.
É difícil ver isso no Brasil. As pessoas aprendem história na escola e depois fica tudo esquecido. Então os feriados passam a ser só mais um dia de descanso... Dia da Pátria?
7 de setembro de 1822 é aquele fatídico dia em que D. Pedro deu o grito de Independência às margens do rio Ipiranga. História muito contestada, historiadores dizem que isso nunca aconteceu. 
Em todo caso, amanhã no Anhembi terá o tradicional desfile cívico. Os portões abrirão às 7h e o desfile começa às 10h. O estacionamento é R$15,00. Estou pensando em ir... Faz tantos anos que nem me lembro mais... Depois publico as fotos... bjs

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Dicas de viagem: As 7 maravilhas da natureza

Ainda não fomos, mas faz parte dos nossos planos!
Acredito que são lugares imperdíveis!

Há uma votação para definir a lista das 7 maravilhas no seguinte site: http://www.new7wonders.com/community/en/new7wonders/new7wonders_of_nature

Atualmente são considerados como as 7 maravilhas da natureza os seguintes lugares:

* Grand Canyon, nos Estados Unidos. Seu vale foi moldado pelo rio Colorado por milhares de anos.

Grand Canyon National Park, AZ: 2
www.nps.gov/grca

* Grande Barreira de Coral, na Austrália. É o maior recife de corais do mundo

http://www.portaloceania.com







Underwater view of Coral and fish. The Great Barrier Reef, Queensland, Australia ( color)

* Baía da Guanabara, Rio de Janeiro, Brasil.

rafaeloliveira-rj.blogspot.com

* Monte Everest, na divisa da China com o Nepal. É a montanha mais alta do mundo.

Everest

* Aurora Boreal, região polar. Fenômeno óptico que pode ser visto próximo as regiões polares. 

meublogcafecomcanela.blogspot.com

* Vulcão Paricutín, México.

terroristasdepalmoemeio.blogspot.com

* Cataratas Vitória, entre Zâmbia e Zimbábue.

Cataratas Vitoria


Só por curiosidade, a lista original das 7 maravilhas do mundo é a seguinte:

* Jardins suspensos da Babilônia
* Pirâmides de Gizé
* Estátua de Zeus
* Templo de Ártemis
* Mausoléu de Halicarnasso
* Colosso de Rodes
* Farol de Alexandria

Achei curioso quando pesquisei no Google sobre as 7 maravilhas e encontrei várias listas. Tem lista das 7 maravilhas modernas, das construções, subaquáticas, etc. Vale a pena a pesquisa.

Abraços, 

Paty