segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Foz do Iguaçu, PR - Brasil

Viajar! Como é bom viajar...
Começamos bem nossa viagem a Foz do Iguaçu, pegamos o Rodoanel com destino a BR116, mas conversando e refletindo muito (dentro do carro) optamos em ir para o Paraná pela Rodovia Castelo Branco, apesar de ter muito mais pedágio, uma coisa era certa: a estrada teria muito menos buracos e teríamos uma chance muito menor de perdemos nossa roda em um buraco como aconteceu há seis anos quando viajamos pela primeira vez sozinhos pela BR...
E a Castelo Branco nos surpreendeu... Um tapete realmente, mas a paisagem... Inexplicável! Nem dormi! Dá para acreditar? O caminho todo é de paisagens verdes de plantações variadas, como café, milho, flores, maçãs e trigo, muito trigo. Primeiro, quando o trigo é novinho, é bem verdinho, depois começa a amarelar. E como é bonito! Tive vontade de parar o carro e correr pela plantação sentindo o trigo pegar na palma da minha mão. O Fernando se lembrou da cena do filme “O Gladiador”, logo no começo, quando o ator Russel Crowe anda pela plantação de trigo até sua esposa e filho. E assim foi nosso caminho de SP ao PR.
Não tinha placa de divisa entre estes dois estados. Estava com a máquina nas mãos e o mapa e na hora em que entramos em território Paranaense, mas não vimos placa de divisa. Seguimos nosso caminho felizes, e graças as nossas guloseimas quase não paramos, só paramos para irmos ao banheiro.
Quando estávamos chegando a Foz do Iguaçu, começou a chover. E o frio... O termômetro do nosso carro marcava 11 graus. Pensei: “Quero ver a gente armar a nossa barraca com esta chuva...”.
Chegamos a Foz e como a cidade é grande. E escura e muito mal iluminada. Não conseguíamos ler as placas. Paramos o carro e o Fernando foi perguntar como fazíamos para chegar ao Camping Hosteling International Paudimar. O taxista nos explicou direitinho e finalmente chegamos ao camping e a chuva parou também com a nossa chegada.
Um rapaz muito educado nos atendeu e nos levou para conhecer o camping e nos mostrar onde poderíamos montar nossa barraca. O local era enorme. Trouxemos o carro para perto da área do camping e escolhemos o lugar para montar a barraca. Na hora que colocamos a lona no chão lembramo-nos de como nossa barraca era grande! Ela não caberia naquele espaço e então fomos para frente de um quiosque com uma mesa e duas cadeiras. O Fernando ligou a luz para podermos iniciar nosso trabalho e rapidamente montamos nossa barraca. Enquanto o Fernando terminava de arrumar nossas coisas, a encher nosso colchão, fui trazendo as coisas do carro. Assim que terminamos, ascendemos o fogareiro e fizemos um miojo saborosíssimo e jantamos à luz de lanterna! 






Ficamos admirando nossa barraca por um tempo. É, ela é muito grande para só duas pessoas! 

Ela tem dois quartos e um corredor como se fosse um hall de entrada. Escolhemos o dormitório da esquerda para dormir e o da direita para guardar nossas coisas.
Assim que entramos na barraca prontos para dormir caiu um temporal. O cheiro de mato e o barulho da chuva na barraca foi como canção de ninar para mim e logo adormeci. De repente, a não sei que horas da madrugada, acordei com o Fernando levantando e pedindo ajuda. Estava entrando água na barraca.  Estava gotejando pela costura bem na cara dele. No corredor passava água como se fosse um córrego. Ajeitamos as coisas como deu e fomos dormir novamente. O Fernando ficou chateado, ficou preocupado, pois teríamos que mandar nossa barraca para conserto.
No dia seguinte levantamos cedo com o cantar dos passarinhos. Estava muito frio, tinha muito vento, mas o céu anunciava que logo mais teríamos um lindo dia de sol.
Foi então que com a luz do dia pudemos perceber o quanto o camping era bonito. Com escuro da noite não dava para ver bem. Era todo gramado. Havia lixeiras por todo canto, mas eram coloridas, separando o lixo: orgânico, alumínio, vidro, plásticos e papel.
Havia quartos, para o pessoal do albergue e quartos para famílias, logo atrás da área de camping; piscina, cozinha comunitária, banheiros (limpíssimos sempre e com papel higiênico), chuveiros quentes, piscina, lanchonete, quadra de futebol, playground, e nas diárias estava incluso o café da manhã. Perto da recepção tinha uma sala que funcionava como uma agência de turismo que vendia passeios pela região. A equipe do camping falava inglês e espanhol muito bem, e realmente era muito necessário, pois nos dias que ficamos lá tinha muito estrangeiros. Tinha vários alemães, alguns franceses, americanos, argentinos e sei lá mais o que... Éramos os únicos brasileiros, até que chegou uma família de cariocas super gente boa  que ficaram hospedados no quarto atrás de nossa barraca.
Neste dia, compramos o ingresso no próprio camping para irmos ao Parque das Aves. Como o rapaz do camping nos indicou, fomos de carro, estacionamos o carro em frente ao parque das Aves (que é de graça). Este parque nos surpreendeu. As aves, de várias espécies e a maioria nativas da região, vivem soltas em enormes viveiros. É tudo muito limpo e organizado, a mata em sua maioria é nativa e a impressão que se tem é que estamos andando no meio da mata. Os turistas vão entrando dentro dos viveiros. Confesso que fiquei com medo de que fizessem coco na minha cabeça...  O viveiro mais perigoso era o das araras. Elas eram agressivas, davam cada rasante por nossas  cabeças que era de assustar. Elas bicavam as pessoas e adoravam os brincos dos turistas. Saímos rapidinho deste viveiro!



No fim do passeio tinha um funcionário com uma arara na mão para os turistas tirarem fotos. Ele a colocava no braço do turista. E ela é pesadinha!










Muito legal! Este passeio foi ótimo e valeu muito à pena!













Quanto aos custos:


- Hostelling International Paudimar: ficamos acampados e o valor da diária para camping é de R$15,00 por pessoa com café da manhã incluso.

- Parque das Aves: R$15,00 por pessoa.

Lembrando que esta viagem foi feita em agosto de 2010.

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