terça-feira, 27 de novembro de 2012

Apagando fogo...



Você já passou por alguma situação de emergência antes?
Tive que interromper as minhas postagens sobre viagem para contar algo que aconteceu comigo hoje muito inesperado...
Fui tomar banho com o David para em seguida a gente se arrumar para irmos à missa, hoje é dia de Nossa Senhora das Graças e sou devota dela.
De repente o chuveiro desligou e a luz do banheiro apagou. Fechei o registro do chuveiro e imaginei que o dijuntor havia caído.
Terminei de banhar o David, me sequei, sequei ele, calmamente e feliz...
Quando abro a porta do banheiro vejo uma nuvem de fumaça pela casa e cheiro de queimado muito forte. Olhei direto para o quadro de luz e vi que saía fogo de dentro.
A primeira coisa que pensei foi em tirar o David de dentro de casa.
Enrolei o David na toalha e corri para o quintal. Fechei o registro do gás da cozinha.
Gritei pelo meu avô que mora na casa na rua de cima, fundos com a minha. Ele não ouviu...
Corri com o David para a casa do meu avô, o David enrolado na toalha e eu de roupão e toalha nos cabelos...
Entrei correndo na casa dele e disse: "Vô, me acode, está pegando fogo em casa!" Ele não entendeu nada, tentei explicar, mas desisti e saí correndo para casa de novo, deixando o David com a minha avó.
Desci até a garagem na entrada de luz que vem da rua, mas não consegui abrir a tampa, então corri para dentro de casa de novo.
Era fumaça demais! O fogo ainda estava forte, quase pegando a minha estante.
Eu falava comigo mesma: "Patricia, apaga este fogo agora! Mas como?"
Tinha medo de chegar mais perto, lembrei de alguma coisa sobre arco de voltagem...
Meu celular estava no banheiro e estava com medo de passar na frente do fogo para ir buscá-lo...
Pensei que a minha casa fosse pegar fogo completamente, então comecei a focar no que eu deveria salvar das chamas.
Levei para o quintal minha carteira e o notebook do Fernando.
Desisti de tentar salvar as coisas e voltei a pensar que eu deveria apagar o fogo antes que se alastrasse por tudo.
Então pensei nos bombeiros. Eles apagam fogo com água, certo?
Corri para a cozinha e enchi uma panela com água e voltei para frente do quadro de luz. Com uma certa distância joguei a água. O fogo ficou mais forte...
Apelei para Jesus Cristo e para Nossa Senhora das Graças me salvar deste infortúnio.
Porque estas coisas acontecem comigo?
Enchi a panela de novo e joguei mais água e depois mais água. Finalmente parecia que o fogo tinha apagado.
Ufa!
Então meu avô chegou vestido com capa de chuva, chapéu e botas. Já veio preparado para apagar um incêndio!
Expliquei que tinha jogado água e corri pegar meu celular no banheiro.
Tremia bastante, mas consegui ligar para o meu marido.
Meu avô queria mexer no quadro de luz, mas eu nem deixei ele chegar perto...
Foi então que o Fernando me explicou que a última coisa que se deve fazer quando há fogo na rede elétrica é jogar água, disse que eu poderia ter me ferido gravemente.
Ele explicou que os fios são anti chamas e que na verdade o que queimava era o plástico da caixa de luz e os dijuntores. Disse para eu descer novamente até a entrada de luz da rua. Meu avô foi comigo e conseguiu abrir a tampa e desligamos os dijuntores.
O Fernando disse que se eu tivesse feito isso sem jogar água o fogo se apagaria sozinho...
Como eu iria saber disso?
Acho que poucas pessoas sabem...
Poucas vezes me vi em situações deste tipo... Fiquei apavorada!
Tremia tanto depois...
Resolvi relatar esta minha experiência porque niguém está livre de passar por isso.
Agora estou hospedada na casa da minha mãe, até que este problema elétrico da minha casa seja consertado.
Fiquei pensando como agir em casos de acidentes como estes, pensei em como proteger o David...
Achei tanta coisa sobre isso na internet... Como apagar fogo em óleo na panela? Nunca passei por isso e não saberia como apagar... Aprendi agora, depois de ler esta dica...
Existe vários videos no you tube ensinando a apagar vários tipos de fogo...
Fica a pergunta para você que estiver lendo este meu relato: como você reagiria numa situação de emergência? Você está preparado para apagar fogo, fazer primeiros socorros?

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Focagem noturna

Na terça-feira ficamos na variação comer, beber, piscina, dormir e começar tudo de novo! Como é bom descansar!
Fomos ao borboletário de dia e fizemos um passeio noturno.
O passeio foi feito num caminhão aberto, às 20h. O bom era o vento, que refrescou bastante a noite quente... O calor era tanto que num momento que o guia parou e desligou o caminhão para vermos um lobinho, alguém gritou: "Para o caminhão, mas não desliga o ar condicionado!". O vento quando o caminhão andava era mais agradável que ar condicionado! Que calor faz neste lugar...
Não vimos muitos animais, porque no período de seca os animais se escondem no mato e não vão para as estradas. Somente na cheia eles fogem dos terrenos alagados e acabam indo para a beira das estradas.
O guia nos explicou que a melhor época do ano para se visitar o Pantanal é final de julho começo de agosto, que é período de acasalamento e dá para ver muitos animais, inclusive onças.
Fomos até a fazenda do Sesc para ver os animais de hábito noturno pelo caminho.
O mais bonito foi ver os brihos dos olhos dos jacarés nos rios. Que imagem impressionante! O guia jogava uma luz de lanterna pelo rio e por onde a luz passava víamos os olhos dos animais brilhando.
No meio do mato vimos um olho de brilho azul, que segundo o guia era de algum felino. Olhos brancos e vermelhos são de jacarés e pássaros. Olhos verdes e azuis são de felinos.
O passeio foi muito agradável! Não deu para fotografar muito porque não vimos muitos animais e porque aproveitamos mais o passeio...

Urutaua - Esta ave parece uma coruja. Ela fica na ponta dos galhos e dá a impressão que ele é a continuação do galho.


Lobo

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Um passeio agradável

Na segunda-feira, depois de conhecer o Borboletário fomos para o CIA, Centro de Interpretação Ambiental.


Lá conhecemos o Sr. Leonardo, que é o guia do espaço. Um amor de senhor, que antes de trabalhar no Sesc levava o gado da região do Pantanal no período de cheia para a São José do Rio Preto em São Paulo. Dá para imaginar quantos quilômetros ele andava?
Fico imaginando ele andandado, atravessando rios cheios de jacarés e piranhas, sem conforto algum, debaixo de sol e chuva... Difícil...
Ele conhece tudo sobre o Pantanal, sobre a vegetação, fauna, clima, simplesmente tudo! E sabe explicar muito bem. Digo mais, é possível ver seus olhos brilharem ao falar do Pantanal!
Ele nasceu e se criou em Poconé, MT, estudou somente até a primeira série. E sabe muito mais do qualquer jovem vestibulando sobre nossa vegetação, clima e geografia. Ele compara o Pantanal com outras regiões e até outros países. Foi uma verdadeira aula!
Além de toda a sabedoria, o Sr. Leonardo é muito simpático e divertido. Nos ajudou as tirar fotos dentro do local e até brincou com o David.




O espaço é bem interativo, cheio de painéis informativos, com vídeos e outros equipamentos eletrônicos que tornam a visita bem divertida.
O Brasil precisa de mais senhores Leonardo para melhorar!
Aliás os funcionários que conheci demonstraram muito amor pelo Pantanal e pelo trabalho que exercem.
À tarde, depois que o sol ficou mais brando fomos fazer nosso primeiro passeio de barco pelo rio Corixo Moquem.
Foi outra experiência incrível!
O vento batendo no rosto, ar puro, uma paisagem linda e animais de várias espécies bem pertinho da gente. Muito melhor que zoológico!
Gostava de colocar as pontas dos dedos na água enquanto o barco andava. O calor era tão grande, que refrescava um pouco. O David achava divertido, deixava a água respingar nele também.
Quando o guia avistava algum animal nas margens do rio, ele desligava o motor do barco  e parava bem pertinho do animal. Ele nos dizia o nome do animal e alguma curiosidade à respeito dele. Nós turistas ficávamos admirando e tentando fotografar e filmar estes minutos mágicos com tantos animais lindos!
Vimos o tuiuiu, ou jaburu, que é a ave mais famosa do Pantanal, é quase um símbolo pantaneiro.
Este pássaro pode atingir até 1,5 metros e cerca de 8kg. Achei bonito! O mais interessante é ela levantando voo, precisa tomar distância e correr para pegar impulso, parece um avião decolando.

Tuiuiu ou Jaburu


Também vimos bastante biguatingas, parente do biguá, que são pássaros que mergulham por bastante tempo. Eles não possuem a glândula sebácea, por isso depois do mergulho precisam ficar no sol secando. Flagramos este biguatinga comendo um peixe. Ele batia o peixe no tronco.


Biguatinga


Vimos tucaninhos, garças, martins-pescadores, socós, cardeais, maritacas, macacos bugio e prego,  e capivaras atravessando o rio. Aliás, para quem gosta de praticar "birding", o Pantanal é o local ideal! Para onde quer que você olhe há um pássaro. Dentro do próprio Sesc havia vários em todos os cantos. Era maravilhoso acordar ao som deles. A maioria eu não conhecia... Aqui em São Paulo não temos tanta variadade...


Martim pescador
Capivaras
De repente o guia parou o barco e desceu. Quando vi ele estava com um filhote de jacaré nas mãos. As crianças que estavam no barco surtaram, todos queriam pegar o filhotinho na mão!



Ficamos um tempão tirando fotos. O David adorou! O Fernando e eu também, foi legal pegar o jacaré, sentir o animal, sua pele.
O que mais vimos durante o passeio foi jacaré de todos os tamanhos. Aprendemos que um jacaré adulto come cerca de 8 a 10 kg de peixes por dia. Eles ficam escondidos no rio, de boca aberta. Quando os peixes entram na boca dele ele fecha e os comem. Fácil, né? Como a caça é proibida a população de jacarés é bem alta. Pensava que pelo tamanho deles eles fossem lerdos. Estava enganada, vi que eles correm bem depressa...



Aproveitei para fotografar o pôr do sol de dentro do barco... Um presente da natureza... Foi um passeio muito emocionante, uma experiência que levaremos para o resto de nossas vidas! Será que o David vai conseguir se lembrar que um dia pegou um filhote de jacaré?




terça-feira, 6 de novembro de 2012

As borboletas...

Na segunda-feira aproveitamos a manhã para conhecer o Borboletário. Estava ansiosa...

De fora já era lindo ver várias borboletas de diversas cores voando presas dentro de uma espécie de cúpula.




Antes de entrar no borboletário a gente conheceu o Insetário, uma sala cheia de formigueiros fechados em espécies de jarras interligadas por vários canos transparentes. Por eles formigas de diferentes tamanhos andavam de um lado para outro. Elas são muito organizadas, havia um formigueiro para a guarda de folhas, outro para fungos, um cemitério e outro para o lixo.

Era engraçado vê-las andando de um lado para outro, trabalhando.
Em outra sala havia a coleção do Sesc de borboletas, besouros e outros insetos. As borboletas eram bonitas, os outros insetos nem tanto...




No borboletário o Sesc recebe de uma comunidade de mulheres de outra cidade as pupas, que são espécies de casulos em que as lagartas se transformam antes de virar borboletas. O Sesc paga R$1,00 para cada um destes casulos recebidos. No borboletário eles separam as pupas de mariposas e de borboletas e colam com uma espécie de cola as pupas em caules, numa espécie de incubadora. Quando as mariposas e borboletas nascem são transferidas para o borboletário. As espécies que tem no Sesc vivem apenas 30 dias...




A sensação de entrar num borboletário é tão magnífica que não dá para expressar! Lá tem várias plantas e flores que elas gostam, tem até uma fonte. O lugar é tão gostoso, com uma sensação de paz, que não dá vontade de ir embora! São borboletas voando por todos os lados!


O David gostou tanto que todo dia queria ir ver as borboletas. Confesso que eu também!

Fora que na frente do borboletário tinha um pé de acácia tão lindo que eu adorava ficar admirando... A gente dizia que era nossa árvore!!!




De ovo elas se tornam lagartas horrorosas, para depois virar pupa e então nascer belas borboletas. Tudo isso para viver só um mês?






Fiquei tão impressionada com isso que prometi a mim mesma, lá no borboletário, que à partir deste dia não mataria mais nenhuma lagarta que eu encontrar nas árvores de casa.

Por isso que em São Paulo quase não tem mais borboletas...

A gente mal tem árvore e quando tem matamos as lagartas...

Fiquei muito emocionada em ver tantas borboletas. Lembrei-me da minha infância, quando minha irmã e eu ficávamos correndo pelo quintal de casa tentando pegar borboletas. Depois cresci e me esqueci das borboletas de tão raro que é ver uma em São Paulo...




Todos deveriam conhecer este borboletário e viver a emoção de conhecer um pouco mais de um inseto tão bonito, que poliniza nossas flores em uma vida tão curta. É uma experiência única!

Parabéns ao Sesc Pantanal, que além de gerar recursos e emprego para estas mulheres e suas famílias, dá aos turistas a possibilidade de aprender e sentir a beleza que é a vida destas pequenas criaturas, as borboletas.